
Falta de chuvas reduz produção de hidrelétricas e força uso de termelétricas, elevando os custos. Consumidores seguirão pagando R$ 4,46 extras a cada 100 kWh consumidos.
A conta de luz seguirá pesando no bolso dos brasileiros no mês de julho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (27), a manutenção da bandeira vermelha patamar 1, o que representa uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Segundo o órgão regulador, o motivo da permanência do encarecimento está no volume de chuvas abaixo da média histórica, o que tem comprometido a geração de energia pelas usinas hidrelétricas — principal fonte da matriz energética brasileira. Para suprir a demanda, é necessário acionar as usinas termelétricas, que utilizam combustíveis fósseis e têm custo de produção mais elevado.
Essa situação, além de impactar diretamente os consumidores, contribui para o aumento da inflação. Em junho, por exemplo, o IPCA-15 — considerado a prévia da inflação oficial — foi puxado pela alta no preço da energia elétrica.
🔎 Entenda o sistema de bandeiras tarifárias:
A Aneel utiliza um sistema de cores para indicar as condições de geração de energia no país:
- 🟩 Verde: condições favoráveis – sem cobrança extra.
- 🟨 Amarela: alerta de custo moderado – acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh.
- 🟥 Vermelha Patamar 1: condições desfavoráveis – acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh.
- 🟥 Vermelha Patamar 2: condições críticas – acréscimo de R$ 7,87 por 100 kWh.
Enquanto os reservatórios não se recuperarem, os consumidores devem ficar atentos ao uso racional da energia para tentar reduzir o impacto na conta de luz.
Imagem: Divulgação/Agência Nacional de Energia Elétrica