Foto: João Salgado / RICTV
A mulher de 40 anos, responsável pelo rapto da pequena Eloah Pietra Almeida Alves dos Santos, de apenas um ano e sete meses, revelou em interrogatório que o crime foi motivado por seu desejo de criar a criança como se fosse sua filha. A informação foi confirmada pelas Forças de Segurança do Paraná durante uma coletiva de imprensa realizada neste sábado (25), em Matinhos, no litoral paranaense.
De acordo com o delegado Thiago Teixeira, chefe do Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial), a mulher não possuía antecedentes criminais ou registros de delitos semelhantes. Durante o resgate, realizado com sucesso pela polícia, foi constatado que a suspeita já havia adquirido fraldas e leite para a criança, indicando sua intenção de cuidar de Eloah como filha.
“Nos sistemas consultados, não encontramos qualquer registro de passagens ou ocorrências relacionadas a ela. Na casa, ela estava sozinha com a criança, o que reforça a tese de que agiu sozinha. Tudo aponta para um caso isolado”, explicou o delegado.
Ainda segundo o delegado, durante o depoimento, a mulher mostrou frieza e não demonstrou qualquer arrependimento pelo crime. “Ela relatou que seu objetivo era criar Eloah como filha. Em nenhum momento ela se mostrou arrependida”, detalhou Teixeira.
Eloah foi raptada no dia 23 de janeiro no bairro Parolim, em Curitiba, por uma mulher que se apresentou como agente de saúde. Após intensas buscas, a menina foi encontrada em segurança em um cativeiro no município de Campo Largo, graças à atuação conjunta das forças policiais.
O caso segue sendo investigado, mas, até o momento, as evidências sugerem que a mulher agiu sozinha. As autoridades trataram o episódio como um caso isolado, mas reforçaram o alerta à população para o risco de abordagens fraudulentas envolvendo falsos agentes de saúde.