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O movimento para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa a redução da jornada de trabalho no Brasil ganhou força significativa. Apenas nesta segunda-feira (11), o apoio de deputados à proposta, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), praticamente dobrou, passando de 70 para 134 assinaturas. Para iniciar a tramitação da PEC, são necessárias ao menos 171 assinaturas dos 513 deputados.
A PEC propõe extinguir a tradicional escala 6×1, em que se trabalha seis dias seguidos para obter um dia de descanso, estabelecendo uma nova jornada semanal de apenas quatro dias. Os partidos da base governista, como o PT e o PSOL, são os principais apoiadores da iniciativa, com 65 e 12 assinaturas, respectivamente. Até agora, o deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) é o único parlamentar do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro a endossar a medida.
O assunto gerou uma ampla discussão nas redes sociais e chamou a atenção do Palácio do Planalto, que tem monitorado de perto o desenrolar do debate. O Ministério do Trabalho, em nota oficial, ressaltou que a redução da jornada é “plenamente possível e saudável” para a classe trabalhadora, que atualmente segue uma carga semanal de 44 horas. Segundo a pasta, o tema merece uma análise abrangente, que considere as particularidades dos setores econômicos que funcionam continuamente, como indústrias e hospitais.
A PEC levanta questionamentos sobre a viabilidade de uma jornada de quatro dias por semana, especialmente em um contexto econômico com setores que operam sem interrupções. Mesmo dividindo opiniões, a proposta de Erika Hilton sugere uma transformação profunda na dinâmica do trabalho e reforça o debate sobre a qualidade de vida dos trabalhadores e a modernização das leis trabalhistas no país.