
Diante de um cenário alarmante provocado pelo avanço acelerado de doenças respiratórias, o governo de Santa Catarina decretou estado de emergência em saúde pública. A medida, oficializada na noite de quinta-feira (12), terá validade de 180 dias e visa dar uma resposta rápida à crescente pressão sobre o sistema hospitalar do estado.
O motivo da decisão foi o aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e outras doenças respiratórias graves, como a influenza, que já somam mais de 1,2 mil ocorrências somente neste ano — um salto de 30% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 932 casos. O número de mortes também aumentou drasticamente: de 67 no ano passado para 142 até agora em 2025.
A situação se agravou ainda mais com a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que atingiu 93% nesta sexta-feira (13), refletindo a superlotação tanto nos leitos adultos quanto nos pediátricos e neonatais em todas as regiões do estado.
Com o decreto, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) passa a ter autorização para adotar medidas emergenciais, como a abertura imediata de novos leitos, a requisição de bens e serviços da rede privada e a contratação temporária de vagas em hospitais particulares. O objetivo é desafogar os hospitais públicos, que operam no limite da capacidade.
Segundo o governo estadual, a decisão foi baseada em dados epidemiológicos recentes que apontam para um risco sanitário crescente devido à superlotação e ao avanço da SRAG. A SES poderá ainda editar normas adicionais para ampliar e fortalecer as ações de enfrentamento da crise respiratória em todo o território catarinense.
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