
Em visita a Rondônia ao lado do presidente Lula, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçou nesta sexta-feira (8) que o Brasil mantém laços estratégicos com os Estados Unidos, mas deixou claro que a China e a Ásia ocupam hoje a posição de principais parceiros comerciais do país.
A declaração surge em meio à recente crise comercial, provocada pela decisão do governo norte-americano de impor tarifas elevadas sobre produtos brasileiros — medida considerada unilateral e fora das práticas diplomáticas internacionais. O Planalto busca, desde então, abrir negociações para conter os danos econômicos.
Tebet também destacou a importância da parceria chinesa na construção de uma ferrovia que cruzará o Brasil, ligando o Atlântico ao Pacífico, até o porto de Chancay, no Peru. O trajeto partirá da Bahia e passará por Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, encurtando o tempo de exportação e importação com o continente asiático.
A ministra ressaltou que, embora os EUA sejam relevantes para a economia brasileira, a realidade atual do comércio exterior aponta para um protagonismo asiático: “O nosso maior parceiro comercial hoje é a China, é a Ásia.”
Foto: Diogo Zacarias/MF