
Gestora detalha problemas com sistema de teleagendamento, falta de médicos, redução de filas e projetos futuros para ampliar atendimento à população.
A secretária de Saúde de Indaial, Jaqueline Mocelin, esclareceu durante sessão da Câmara Municipal nesta quinta-feira (21) os principais desafios enfrentados pelo setor, incluindo atrasos em agendamentos e a escassez de profissionais, além de apresentar dados sobre o desempenho da pasta.
O sistema de teleagendamento, que utilizava aplicativos como o WhatsApp, enfrentou interrupções após a empresa gestora bloquear o serviço. Segundo Jaqueline, a restauração do sistema exigia ações não previstas no contrato, o que resultou no encerramento do acordo.
Um novo processo licitatório foi aberto, mas as três primeiras empresas classificadas não comprovaram capacidade técnica suficiente para prestar o serviço, atrasando a retomada do sistema. A quarta colocada foi contratada e já está em fase de ativação do teleagendamento.
Em 2024, foram disponibilizadas 7.765 vagas pelo teleagendamento, das quais 6.603 foram efetivamente utilizadas. Entre fevereiro e abril de 2025, das 3.910 vagas ofertadas, 3.267 foram preenchidas. “O tele vinha sendo muito utilizado e estamos trabalhando para que ele volte com mais ferramentas, padronizando a oferta de serviços”, afirmou a secretária.
Sobre a falta de médicos, Jaqueline informou que o município conta atualmente com 98 profissionais de nível superior — incluindo médicos, dentistas, farmacêuticos e enfermeiros — distribuídos em 34 unidades de saúde. Desses, 92 estão em atividade, enquanto seis se encontram afastados por atestados ou férias. Ela garantiu que todos os médicos estão atendendo, exceto em casos pontuais de afastamento.
Nos afastamentos prolongados, a substituição dos profissionais é organizada previamente. Já situações emergenciais podem gerar realocação dos pacientes para outras unidades. A Prefeitura também abriu vagas para contratação de profissionais volantes, que fariam substituições imediatas, mas essas posições ainda não foram preenchidas.
A secretária destacou ainda que o período de férias influencia o atendimento, especialmente em julho, devido ao recesso escolar. “Se o gerente autorizou as férias, é porque organizou como a demanda seria atendida. No entanto, o grande número de afastamentos gerou algumas reclamações”, explicou.
Avanços e dados do serviço
Nos últimos anos, o número de consultas médicas cresceu significativamente, passando de 83 mil em 2021 para 165 mil em 2024, um aumento de 98,8%. A Atenção Primária conta atualmente com 30 equipes da Estratégia de Saúde da Família (8h às 17h) e quatro equipes de Assistência em Saúde noturna (19h às 21h).
A fila de espera por serviços odontológicos caiu cerca de 80% entre dezembro de 2024 e junho de 2025. As filas de cirurgias foram reduzidas em 30%, de consultas especializadas em 39,8% e de exames de diagnóstico em 52%.
Para o próximo semestre, a Secretaria planeja manter mutirões de consultas, exames e cirurgias eletivas, lançar edital de credenciamento para especialistas, implementar a Política Pública do Paradesporto e criar o Centro de Reabilitação e Estimulação para Crianças e Adolescentes com Transtorno do Neurodesenvolvimento, com início previsto junto à entrega da Policlínica.
“Nós precisamos trabalhar juntos para garantir a participação e fiscalização da população, promovendo o verdadeiro controle social”, concluiu Jaqueline.
Fonte e Foto: Fabiane Borges/Câmara de Indaial
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