
Polícia Federal vai apurar denúncias de distribuição de vales-combustível, promessas de cargos e assédio político durante as eleições de 2024.
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar denúncias de compra de votos e outras irregularidades envolvendo o prefeito reeleito de Porto Belo, Joel Orlando Lucinda (MDB), e outros agentes políticos. A investigação foi solicitada pela Procuradoria Regional Eleitoral e autorizada pelo relator do caso, juiz Sérgio Francisco Carlos Graziano Sobrinho.
As acusações foram feitas por Márcio Moraes, candidato a vereador em 2024, que relatou supostas práticas de distribuição de vales-combustível, promessas de cargos públicos em troca de apoio político e perseguição a servidores que apoiaram candidatos adversários. Além do prefeito, também são investigados a coordenadora de campanha e secretária de Cultura, Cristiane de Jesus, e candidatos a vereador da coligação “Juntos Construindo o Futuro” (MDB, PL e PP), incluindo Maurício Gomes, Silvana Nunes Stadler, Juliano Zandonai, Luiz Apolinário Santos e Onésio Ramos.
De acordo com o juiz, os fatos denunciados podem configurar crimes previstos no Código Eleitoral e no Código Penal, como corrupção eleitoral, constrangimento ilegal e assédio político. O prazo para a Polícia Federal concluir as diligências, que incluem oitiva de testemunhas e coleta de provas, é de até 120 dias.
O inquérito poderá ser conectado a outras ações já em tramitação na Justiça Eleitoral, como a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que também apura suspeitas de compra de votos e se encontra em fase recursal no TRE-SC. O Ministério Público Eleitoral será responsável pelo acompanhamento do caso e eventual responsabilização criminal dos investigados.
O prefeito Joel Lucinda informou que ainda não recebeu notificação oficial sobre o inquérito e só irá se manifestar após ser comunicado formalmente. A Prefeitura do município ressaltou que a administração não possui envolvimento com processos de natureza eleitoral.
Foto: Divulgação
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