Polícia Civil avança na investigação para determinar motivação e identificar outros envolvidos.
Um jovem de 24 anos, suspeito de assassinar a mãe, Susimara Gonçalves de Souza, de 42 anos, e o padrasto, Pedro Ramiro de Souza, de 47 anos, em Itajaí, tentou manipular a investigação simulando um álibi e permaneceu por cerca de uma hora na residência ao lado dos corpos. Esses detalhes foram divulgados pelo delegado responsável, Roney Péricles, na tarde desta segunda-feira (2).
O crime, ocorrido na noite de 21 de novembro, teria sido premeditado para que o suspeito obtivesse a herança e os bens do casal, incluindo uma empresa da qual ele não fazia parte. Susimara e Pedro foram mortos por asfixia após retornarem de um jantar. Imagens de câmeras de segurança mostraram o filho e um comparsa entrando na casa e aguardando a chegada das vítimas. Poucos minutos após a volta do casal, o grito de Susimara foi registrado pelas câmeras, e mais de uma hora depois, os suspeitos foram vistos deixando o local.
Simulação e Manipulação
No dia 23 de novembro, o suspeito acionou os bombeiros relatando ter encontrado os corpos desacordados, alegando ter se preocupado com a falta de notícias da mãe. Em uma tentativa de enganar os investigadores, o jovem mostrou mensagens de WhatsApp simuladas, supostamente trocadas com Susimara na madrugada após o crime. Ele teria utilizado o celular da mãe para criar o falso álibi.
Após a descoberta do duplo homicídio, o rapaz publicou em suas redes sociais uma homenagem ao casal, dizendo que os amaria “para todo o sempre”, numa aparente tentativa de afastar suspeitas.
Motivação e Contexto
Filho único de Susimara, o jovem não possuía antecedentes criminais. Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado por questões patrimoniais. Pedro Ramiro considerava o enteado imaturo e o excluiu das atividades da empresa, o que pode ter intensificado o conflito.
O laudo da Polícia Científica, que ainda está em andamento, deverá determinar os meios exatos usados na asfixia das vítimas. Além disso, houve um furto na residência após o assassinato, e os investigadores estão analisando se o episódio tem relação com os homicídios ou se foi apenas um ato oportunista.
Prisão e Investigação
O suspeito foi preso no domingo (1º) após a coleta de evidências que o colocaram como principal responsável pelos assassinatos. Durante o interrogatório, ele manteve silêncio. O comparsa, identificado como participante na execução do crime, ainda não foi localizado. Ambos deverão responder por homicídio qualificado.
O caso, classificado como complexo pela Polícia Civil, continua em investigação para esclarecer todos os detalhes da dinâmica dos homicídios, além de confirmar a motivação e identificar possíveis outros envolvidos.