
Ataque ocorreu após a vítima tentar defender a nora de agressões; mulher de 50 anos sofreu traumatismo craniano e permanece em estado vegetativo irreversível.
Um jovem de 21 anos foi condenado a 22 anos e oito meses de prisão por tentativa de feminicídio contra a própria mãe, de 50 anos, em Brusque, no Vale do Itajaí (SC). O crime ocorreu entre os dias 16 e 17 de maio deste ano, na residência onde ele morava com a companheira, o filho do casal e a mãe. A sentença foi proferida na última sexta-feira, 13 de junho.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a agressão começou após a vítima intervir para defender a nora durante uma discussão. Na primeira noite, ao ouvir gritos, a mulher tentou impedir as agressões, mas foi surpreendida com um soco no rosto que a deixou inconsciente.
No dia seguinte, após nova briga familiar, ela anunciou que pediria ajuda, mas foi impedida pelo filho. Ele a estrangulou, arrastou-a pelo pescoço e, já caída no chão, desferiu diversos chutes na cabeça. Laudos médicos confirmaram que a vítima sofreu traumatismo craniano e apresentava marcas de mordidas pelo corpo.
A mulher só foi socorrida após a nora conseguir ajuda com vizinhos. Apesar do atendimento médico, as lesões foram graves e resultaram em um estado vegetativo permanente. Desde então, ela está acamada, sob cuidados da irmã, e não responde a estímulos.
Durante o julgamento, o Tribunal do Júri reconheceu cinco qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, tentativa de garantir impunidade de outro crime e feminicídio. A promotora de Justiça Louise Schneider Lersch destacou que o réu agiu com violência extrema, evidenciando a intenção de matar.
O réu permanecerá preso no Presídio Regional de Brusque, cumprindo pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. Ele também foi condenado ao pagamento das custas processuais.
Foto: Ilustrativa
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