
Um empresário investigado por comandar um sofisticado esquema de fraudes em processos licitatórios e desvio de verbas públicas foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (1º de maio) no bairro Velha Central, em Blumenau. A ação foi executada por agentes da Polícia Militar e integra um desdobramento de investigações conduzidas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Segundo o MPSC, o suspeito estaria envolvido em práticas ilícitas desde 2015, atuando nos municípios de Blumenau e Indaial. Ele é apontado como o principal articulador de um grupo que manipulava licitações públicas com o objetivo de obter contratos de forma fraudulenta e, posteriormente, desviar os recursos públicos provenientes desses contratos.
Apesar de já ter sido preso anteriormente no âmbito da mesma investigação, o empresário havia sido liberado pela Justiça, que substituiu a prisão por medidas cautelares. Entre as restrições impostas estavam o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de manter contato com outros investigados. À época, ele também foi alvo da Operação Limpeza Geral, deflagrada pela Polícia Civil em setembro de 2023, que investigava irregularidades nos serviços de roçada contratados pelo Samae de Blumenau.
Entretanto, conforme apurado pelo Ministério Público, novas evidências indicam que o investigado teria violado as condições impostas e continuado a participar de atos ilícitos. Diante disso, o Judiciário determinou a prisão preventiva como forma de garantir a ordem pública e evitar a continuidade das infrações.
As investigações revelam que o empresário utilizava terceiros — conhecidos como “laranjas” — para vencer licitações de maneira irregular. A fraude envolvia o uso de documentos técnicos falsificados e a manipulação de equipes para favorecer a obtenção dos contratos públicos.
Além do caso atual, o suspeito responde a outras duas ações penais relacionadas a crimes semelhantes, o que, segundo o Ministério Público, demonstra um padrão de conduta e tendência à reincidência.
O empresário foi conduzido ao Presídio Regional de Blumenau, onde permanece à disposição da Justiça.
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