Operação flagra comércio clandestino de ‘chumbinho’, agrotóxicos vencidos e aves silvestres em condições degradantes; substância estaria ligada à morte de diversos animais na cidade.
Uma operação coordenada pela Polícia Civil resultou na prisão em flagrante de um empresário de 61 anos, na manhã desta quinta-feira (3), no bairro Paranaguamirim. O dono de uma agropecuária foi detido por comercializar ilegalmente substâncias tóxicas, entre elas o perigoso “chumbinho”, além de manter animais silvestres em situação de maus-tratos e empregar um adolescente de forma irregular.
O cumprimento do mandado de busca e apreensão revelou um cenário alarmante dentro do estabelecimento: prateleiras com agrotóxicos de uso controlado armazenados de forma inadequada, produtos vencidos expostos à venda e, o mais grave, uma quantidade significativa do veneno popularmente conhecido como “chumbinho”, cuja venda é proibida no Brasil.
Segundo a delegada responsável pela investigação, Tânia Harada, a substância tem sido usada para envenenar animais domésticos e silvestres na região. “Constatamos que esse estabelecimento estava diretamente ligado à venda de um veneno que tem sido o responsável por diversas mortes de animais em Joinville. Além disso, encontramos outras irregularidades preocupantes”, afirmou.
Durante a ação, aves silvestres mantidas em cativeiro de forma ilegal foram resgatadas. As condições em que os animais eram mantidos caracterizam maus-tratos, agravando ainda mais a situação do investigado. A presença de um menor de idade trabalhando de forma irregular na agropecuária também foi registrada pelas autoridades.
A operação contou com o apoio da Polícia Científica, da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) e da Vigilância Sanitária, que também constataram diversas infrações sanitárias no local.
O empresário foi encaminhado à delegacia e responderá por uma série de crimes ambientais, trabalhistas e contra a saúde pública, cujas penas somadas podem ultrapassar os 29 anos de reclusão.
As investigações continuam com o objetivo de identificar outros possíveis envolvidos na comercialização clandestina do “chumbinho”. A Polícia Civil reforça o pedido para que a população denuncie a venda ilegal de produtos tóxicos, que representam sérios riscos à fauna e à saúde da comunidade.
Foto: Divulgação/Policia Civil
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