
Procedimento ambulatorial está marcado para o dia 14 de setembro, enquanto Bolsonaro cumpre prisão domiciliar determinada pelo Supremo.
A defesa de Jair Bolsonaro solicitou nesta segunda-feira (8) ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para que o ex-presidente realize um procedimento médico no próximo domingo (14), no Hospital DF Star, em Brasília. A intervenção será ambulatorial e não exige internação, com previsão de alta no mesmo dia.
De acordo com o relatório médico entregue à Corte, Bolsonaro deverá passar pela remoção de lesões cutâneas, seguidas de sutura. O documento cita dois diagnósticos: o CID-10 D22.5, que indica lesões pigmentadas na pele, como pintas, e o CID-10 D48.5, referente a lesões de natureza indefinida.
O pedido ocorre em meio ao cumprimento da prisão domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que apontou descumprimento de medidas cautelares por parte do ex-presidente. Em agosto, Bolsonaro já havia recebido autorização para exames hospitalares devido ao agravamento de refluxo e episódios de soluço persistente. Na ocasião, exames revelaram sinais de duas infecções pulmonares recentes e inflamações no esôfago e no estômago, exigindo tratamento contínuo.
A data escolhida para o procedimento chama atenção porque ocorre apenas dois dias após o julgamento da Primeira Turma do STF sobre o caso da suposta trama golpista, no qual Bolsonaro é acusado de liderar e se beneficiar. O processo começou a ser analisado na semana passada, com manifestações da Procuradoria-Geral da República e das defesas. O voto de Moraes está previsto para esta terça-feira (9), e a expectativa é que a deliberação se estenda até sexta-feira (12).
Foto: Ton Molina/STF
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