
Em um movimento considerado histórico e sem precedentes no comércio internacional, o governo chinês anunciou nesta quarta-feira (9) um novo e agressivo pacote de retaliações econômicas contra os Estados Unidos. Em resposta direta às ameaças do presidente norte-americano Donald Trump, a China decidiu elevar as tarifas de importação sobre uma vasta gama de produtos norte-americanos para até 84%, aprofundando ainda mais a já intensa guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
O aumento abrupto das tarifas é uma resposta ao chamado “tarifaço” anunciado anteriormente por Trump, que ameaçou taxar em mais 50% as importações chinesas caso Pequim não recuasse em suas próprias medidas. O governo chinês, liderado pelo presidente Xi Jinping, optou por uma resposta enérgica, ampliando significativamente as taxas e sinalizando que não cederá às pressões norte-americanas.
Especialistas apontam que a atual escalada tarifária representa um ponto crítico nas relações comerciais entre os dois países, podendo gerar consequências econômicas globais. A medida atinge setores estratégicos da economia americana, como tecnologia, agricultura, automóveis e energia.
A retaliação foi comunicada por meio de uma nota oficial do Ministério do Comércio da China, que afirmou que os Estados Unidos “persistem em adotar práticas comerciais injustas e coercitivas”, e que a nova taxação busca “proteger os interesses legítimos do povo e das empresas chinesas”.
Com os mercados em alerta, analistas temem impactos negativos sobre o comércio global, especialmente sobre cadeias produtivas interdependentes entre os dois países. Esta guerra comercial, que já dura anos, entra agora em uma nova fase de tensão, colocando à prova os limites da diplomacia econômica internacional.
Imagem: Johannes Eisele – AFP – Getty Images