📷:IBGE
Blumenau, conhecida pela forte influência germânica, ocupa a segunda posição em Santa Catarina no número de pessoas que vivem em áreas chamadas de “favelas e comunidades urbanas”, ficando atrás apenas de Florianópolis. Esse termo se refere a locais surgidos pela necessidade dos moradores em meio à ausência de investimentos governamentais e privados suficientes para assegurar o “direito à cidade”, garantido pela Constituição de 1988.
Conforme dados do IBGE, Blumenau possui 18.346 habitantes vivendo nessas regiões, o que representa cerca de 5% da população total do município. Para o sociólogo e professor da FURB, Maiko Rafael Spiess, esses números ressaltam uma realidade que ainda precisa ser estudada em profundidade para se entender suas causas e implicações. Spiess destaca que a situação pode causar “surpresa e inquietação” a muitos.
“Esse cenário contrasta com a imagem de ‘Alemanha brasileira’ associada à cidade. Essa contradição pode ser desconfortável para o marketing regional, mas ignorá-la seria um erro – é preciso trazer essa realidade para o centro do debate,” aponta Spiess, enfatizando a importância de encarar os desafios sociais de Blumenau e ampliar o acesso a políticas públicas inclusivas.