
Sessão está marcada para 9 de outubro; vítima, policial de MS, foi baleada na frente do filho de 8 anos em Jaraguá do Sul e sobreviveu.
A Justiça de Santa Catarina definiu para o dia 9 de outubro o júri popular da médica Lenise Fernandes Sampaio Cruz, acusada de tentativa de homicídio qualificado contra o ex-companheiro. O crime ocorreu em agosto de 2024, em Jaraguá do Sul, no Norte do estado.
Segundo a investigação, a médica teria invadido o apartamento alugado pelo ex antes da chegada dele, se escondido em um armário por cerca de uma hora e, em seguida, efetuado três disparos. O filho do casal, então com 8 anos, presenciou parte da ação.
A vítima, um policial militar de Campo Grande (MS), estava na cidade para passar o Dia dos Pais com a criança. Ele sobreviveu após fingir estar morto, chegou a ser hospitalizado e atualmente detém a guarda do filho.
Acusação e defesa
Lenise vai a julgamento por tentativa de homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. A defesa chegou a alegar legítima defesa, mas a Polícia Civil apontou premeditação: a médica teria alugado um apartamento no mesmo prédio no dia do crime e entrou no local já armada.
Imagens de câmeras de segurança mostram a ré forçando a fechadura da porta com ferramentas antes de invadir o imóvel. A pistola usada, registrada em seu nome como CAC (Colecionadora, Atiradora e Caçadora), foi apreendida.
Conflitos e medidas judiciais
O caso envolvia ainda disputas pela guarda do filho. Conforme a polícia, a médica havia descumprido decisões judiciais sobre o direito de visitas do pai. Naquele fim de semana, ele conseguiu buscar a criança na escola por meio de uma ordem judicial e pretendia devolvê-la na segunda-feira seguinte.
Além disso, havia uma medida protetiva em vigor que proibia contato entre os dois. Ainda assim, a médica teria monitorado os passos do ex e planejado o ataque.
Lenise trabalhava como clínica geral temporária na prefeitura local, mas foi demitida após a prisão.
Foto: Ilustrativa
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