
Com cobertura vacinal abaixo da meta, Santa Catarina e outros estados brasileiros são considerados de risco pela OMS para a volta da poliomielite.
A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, é uma doença infecciosa grave causada por um vírus capaz de provocar paralisias permanentes e, em casos extremos, levar à morte. A transmissão ocorre principalmente pela via fecal-oral, ou seja, por contato com fezes ou secreções contaminadas.
Erradicada no Brasil há mais de 30 anos, a doença pode voltar a circular caso a vacinação não atinja níveis seguros. Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta para o risco e reforça a necessidade de intensificar a imunização, especialmente entre crianças menores de cinco anos.
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), a cobertura vacinal ideal para garantir proteção coletiva deve ser de, no mínimo, 95%. No entanto, diversos municípios catarinenses e de outras regiões do país estão abaixo desse índice. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o Brasil como um país de risco para a reintrodução do poliovírus, reforçando a urgência de campanhas mais eficazes.
A vacina contra a poliomielite é gratuita e está disponível em todos os postos de saúde. Pais e responsáveis devem manter a caderneta de vacinação atualizada e levar as crianças para receber as doses, mesmo que haja atraso no calendário.
Esquema de vacinação:
- 1ª dose: 2 meses — vacina injetável (VIP)
- 2ª dose: 4 meses — vacina injetável (VIP)
- 3ª dose: 6 meses — vacina injetável (VIP)
- Reforço: 1 ano e 3 meses — vacina injetável (VIP)
O Ministério da Saúde alterou recentemente o protocolo, retirando a aplicação da vacina oral e mantendo apenas a versão injetável.
Situação em Santa Catarina:
A última vez que o estado atingiu a meta de 95% de cobertura foi em 2017, com 95,23%. Desde então, os índices caíram gradativamente:
- 2022: 86,33%
- 2023: 91,81%
- 2024: 92,37%
- Maio/2025: 87,99%
As autoridades reforçam que a vacinação é a única forma de prevenção eficaz contra a poliomielite e que a queda na imunização coloca em risco a saúde coletiva.
Foto: Ilustrativa/Reprodução Internet
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