
A Justiça de Santa Catarina decretou a falência da Teka, uma das mais tradicionais empresas têxteis do estado, mas determinou a continuidade de suas operações. A decisão foi proferida pelo juiz Uziel Nunes de Oliveira, da Vara Regional de Falências e Recuperação, após pedido da administração judicial da companhia, a Leiria & Cascaes Administração Judicial. A empresa está em recuperação judicial há mais de uma década.
Com a falência decretada, a administração judicial seguirá um plano para a realização dos ativos da empresa, visando o pagamento dos credores. No entanto, a decisão garante a manutenção das atividades e dos empregos, afastando temores sobre um possível encerramento imediato das operações. O engenheiro Rui Otte continuará à frente da gestão, sob supervisão da administração judicial.
Na sentença, o magistrado destacou que a empresa acumula um passivo superior a R$ 4 bilhões, inviabilizando o pagamento das dívidas mesmo com os esforços da gestão judicial. Além disso, fez críticas à conduta do acionista Alumni Fundo, de São Paulo. Apesar da complexa situação financeira, a Teka segue operando normalmente nas unidades de Blumenau (SC) e Artur Nogueira (SP), empregando cerca de dois mil trabalhadores e mantendo contratos com fornecedores e clientes.
A decisão reforça que a continuidade da empresa pode preservar o valor de seus ativos e facilitar a atração de investidores interessados na aquisição da companhia ou de seus bens. “Manter as operações ativas aumenta as chances de um desfecho mais favorável para o processo falimentar, beneficiando credores, funcionários e demais envolvidos”, afirmou o advogado Pedro Cascaes Neto, representante da administração judicial.
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