
Na última segunda-feira (20), um grave acidente na BR-116, em Medina, região do Jequitinhonha, em Minas Gerais, deixou uma tragédia marcada por dor e desespero. Um caminhoneiro de 35 anos perdeu a vida em uma colisão frontal entre duas carretas no km 71 da rodovia. O veículo, no momento do acidente, estava sendo conduzido por seu filho, um adolescente de apenas 16 anos, que ficou gravemente ferido. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o jovem foi resgatado das ferragens pelo Corpo de Bombeiros e, em estado crítico, encaminhado pelo Samu ao Hospital Vale do Jequitinhonha, na cidade de Itaobim, apresentando múltiplas fraturas.
A carreta transportava peças de roupa e fazia o trajeto do Polo de Confecções do Agreste, em Pernambuco, para São Paulo, refletindo a movimentação econômica da região. O caminhoneiro, conhecido como “Carcaça de Grilo”, era residente de Santa Cruz do Capibaribe, uma cidade reconhecida por sua forte produção de vestuário. No momento do impacto, ele descansava na cama do veículo, e relatos indicam que não teve tempo de reagir. A força do impacto foi tão intensa que o caminhão saiu da pista, evidenciando a gravidade do ocorrido.
Relatos emocionantes de testemunhas do acidente revelam o desespero do adolescente durante o resgate. Ainda preso às ferragens, ele suplicava que socorressem seu pai, que estava sem vida no compartimento de descanso da cabine. Em meio ao desespero, o jovem teria repetido várias vezes, entre lágrimas, frases como: “Eu matei meu pai, eu matei meu pai”. As palavras carregadas de culpa e tristeza foram compartilhadas por testemunhas nas redes sociais, destacando o drama vivido naquele momento.
As investigações iniciais apontam que o jovem, sem habilitação, teria assumido a direção do veículo e, possivelmente, adormecido ao volante antes de perder o controle da carreta. A falta de experiência e o cansaço podem ter contribuído para o desfecho trágico.
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