
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o trágico acidente que vitimou Patrícia Oening Foss, de 38 anos, atropelada por um Porsche 911 Carrera durante uma demonstração do evento Subida da Montanha, em Grão-Pará, no Sul de Santa Catarina. O veículo, segundo laudos periciais, chegou a ultrapassar os 100 km/h em área urbana, o que foi considerado fator determinante para o acidente fatal.
A investigação, conduzida pela delegada Jucinês Ferreira, apontou que o piloto e seis organizadores do evento assumiram o risco de causar a morte da balconista e foram indiciados por homicídio doloso, além de lesão corporal dolosa, já que outras duas mulheres também foram atropeladas. As vítimas Eliete Zanelato Baggio (51) e Denize Redivo Bussolo (49) sofreram ferimentos leves e ficaram em estado de choque.
De acordo com o relatório, o Porsche rompeu o gradil de proteção após o piloto errar o ponto de frenagem e invadir a área onde o público assistia. O evento, realizado na noite de 22 de agosto de 2025, não possuía autorização das autoridades competentes, nem estrutura adequada de segurança ou equipe médica de prontidão.
Um vídeo analisado pelos investigadores mostrou que os organizadores chegaram a incentivar o uso de alta velocidade, orientando os condutores a “fazer show e barulho”. A delegada classificou a conduta como uma “assunção consciente do risco de matar”.
O piloto, um médico natural de Santa Maria (RS), passou por exame de alcoolemia — com resultado negativo — e foi liberado após pagar fiança de R$ 5 mil. O caso agora segue para o Ministério Público, que decidirá se apresentará denúncia formal.
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