
Um crime brutal que chocou o Oeste catarinense chegou ao fim nos tribunais. O homem de 34 anos, responsável por incendiar a casa da família da ex-namorada adolescente, foi condenado a 61 anos de prisão por homicídio qualificado e duas tentativas de assassinato. A tragédia ocorreu em maio de 2024, na cidade de Jupiá (SC), e deixou uma mulher morta e duas vítimas com sequelas permanentes.
De acordo com a investigação, o criminoso não aceitava o término do relacionamento com a jovem de 14 anos. Inconformado com a separação, ele teria ido até a casa da adolescente para tentar uma reconciliação. Diante da recusa da menina, fez uma ameaça assustadora:
“Eu vou embora, mas vocês vão morrer queimados.”
Horas depois, ele cumpriu a promessa de vingança. Armado com uma garrafa plástica cheia de gasolina, o homem foi até a residência durante o jantar da família. Ele ateou fogo no combustível e arremessou o frasco pela janela, transformando o lar em um inferno em chamas.
Mesmo com os corpos em fogo, as vítimas conseguiram sair do imóvel e foram socorridas. A mãe da adolescente, com 54% do corpo queimado, lutou pela vida por 27 dias na UTI, mas não resistiu. Já a adolescente e o pai, que teve 30% do corpo atingido, sobreviveram, mas ficaram com cicatrizes profundas e irreversíveis.
Durante o julgamento, o tribunal reconheceu a motivação torpe e o extremo grau de crueldade do crime. Além da pena de prisão, o condenado foi obrigado a pagar indenização de R$ 200 mil às vítimas, com juros de 1% ao mês desde a data do ataque.
O caso, descrito pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) como um dos episódios mais violentos da região, expôs a gravidade da violência contra mulheres e meninas, motivada pelo ódio e pela posse.
Imagem: PMSC