
Treze dias após a misteriosa morte da médica veterinária Laura da Silva Ney, de 30 anos, em Navegantes (SC), o caso teve uma virada chocante. O marido da vítima foi preso pela Polícia Civil na sexta-feira (10), e o que antes era tratado como suicídio agora é investigado como feminicídio.
Laura foi encontrada sem vida no dia 27 de setembro, dentro do apartamento onde vivia com o companheiro. Na ocasião, ele alegou ter saído de casa pela manhã e, ao retornar à noite, encontrou a esposa caída ao lado de uma arma de fogo, afirmando acreditar que ela teria tirado a própria vida.
Porém, desde o início, o relato levantou suspeitas. Um morador de rua que estava próximo ao local relatou ter ouvido dois disparos pouco antes da chegada dos bombeiros. Além disso, amigos e familiares contestaram a versão do suicídio, destacando que Laura vivia um período de estabilidade e felicidade, após ter se mudado do Rio de Janeiro para Santa Catarina para assumir um novo emprego em um laboratório veterinário.
Nas redes sociais, a campanha #JustiçaPorLauraNey ganhou força e mobilizou centenas de pessoas em todo o estado. A repercussão levou a Polícia Civil a aprofundar as investigações, que encontraram novas provas e indícios de que a morte foi provocada intencionalmente.
De acordo com o delegado Osnei Valdir de Oliveira, responsável pelo caso, a apuração segue com base em laudos periciais detalhados e provas técnicas que deverão esclarecer o posicionamento dos disparos e as circunstâncias exatas da morte.
A prisão do suspeito ocorreu 13 dias após o crime, e ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde aguarda decisão judicial.
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