
Uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (17) pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) revelou um sofisticado esquema de comercialização ilegal de medicamentos abortivos em sites e plataformas digitais. A ação, batizada de “BioLeak”, foi executada simultaneamente em Joinville e Balneário Camboriú, resultando na prisão em flagrante de duas mulheres apontadas como as principais administradoras do grupo.
Segundo as investigações, as suspeitas gerenciavam páginas e anúncios na internet voltados à venda de remédios proibidos, além de oferecer orientações e suporte para a prática de aborto, colocando em risco a saúde de inúmeras mulheres. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram localizados diversos medicamentos de uso restrito e hormônios destinados à indução de parto, sem qualquer controle sanitário.
As apurações do CyberGAECO, braço especializado do MPSC, indicam que o esquema funcionava de forma coordenada e disfarçada, com múltiplos sites e perfis falsos que direcionavam clientes para canais de venda clandestinos. Diante das evidências, a Justiça determinou o bloqueio imediato dos sites e a remoção dos anúncios em buscadores e redes sociais.
A operação segue em andamento, e o MPSC destacou que a prática não apenas configura crime, mas também representa grave ameaça à vida e à saúde das mulheres. O material apreendido será encaminhado para análise pericial, e novas prisões não estão descartadas.
Imagem: PCSC