
Santa Catarina foi um dos principais alvos da Operação Cassandra, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (3) em parceria com a Receita Federal. A ofensiva teve como objetivo desarticular uma organização criminosa transnacional especializada no tráfico internacional de mulheres para exploração sexual, além de crimes como lavagem de dinheiro, falsidade documental, rufianismo e delitos financeiros e tributários.
A investigação apontou que o grupo atua desde 2017, exercendo rigoroso controle sobre as vítimas. Até agora, cerca de 70 mulheres exploradas já foram identificadas. Para movimentar e ocultar os altos valores obtidos ilegalmente, a organização utilizava esquemas complexos de fraudes e lavagem de capitais.
A operação mobilizou 120 policiais federais e sete auditores da Receita, cumprindo 5 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão em diversos estados, incluindo Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso.
A ação também contou com cooperação internacional, envolvendo a EUROPOL e a Garda National Protective Services Bureau, da Irlanda, que simultaneamente deflagrou a Operation Rhyolite para atingir os mesmos criminosos em território europeu.
Somente em Santa Catarina, cidades como Florianópolis, São José, Camboriú, Biguaçu e Palhoça foram alvos de buscas e prisões.
Os investigados podem responder por organização criminosa, tráfico internacional de pessoas, exploração sexual, lavagem de dinheiro, crimes financeiros e tributários.
Imagem: PF – Divulgação