
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou denúncia contra o marido de Lusiane Borges, de 27 anos, acusando-o de feminicídio qualificado por asfixia e ocultação de cadáver. A jovem vendedora desapareceu em 31 de julho, em Santa Cecília, no Meio-Oeste catarinense, e seu corpo foi localizado apenas no fim de setembro, após quase 50 dias de buscas.
Segundo as investigações, o crime ocorreu na noite do desaparecimento, logo após a vítima retornar do trabalho. O laudo cadavérico apontou asfixia como causa da morte, o que agrava a pena conforme a Lei do Feminicídio. O corpo de Lusiane foi encontrado por pescadores no Rio Correntes, enrolado em um cobertor e com pedras amarradas às pernas para dificultar a localização.
O suspeito foi preso em 1º de agosto e teve a prisão temporária convertida em preventiva. De acordo com o MPSC, ele teria colocado o corpo no porta-malas do carro e, em seguida, lançado no rio na localidade de Frascaman.
O promotor de Justiça Murilo Rodrigues da Rosa destacou que as provas reunidas são robustas e suficientes para levá-lo a julgamento pelo Tribunal do Júri. As motivações ainda estão sendo investigadas, mas conflitos no relacionamento do casal são apontados como causa provável.
Agora, o caso segue para julgamento popular, em que cidadãos da própria comunidade deverão decidir o futuro do acusado.
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