
Investigação da tragédia que matou oito pessoas não encontrou indícios de crime; relatório foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina.
A Polícia Civil de Santa Catarina finalizou o inquérito sobre a queda do balão que deixou oito mortos em Praia Grande, no sul do estado, em 21 de junho de 2025. O relatório, divulgado nesta quarta-feira (8), concluiu que não há indícios de conduta dolosa (intencional) ou culposa (por negligência, imprudência ou imperícia). Nenhuma pessoa foi indiciada.
Segundo o delegado Rafael de Chiara, responsável pela investigação, as provas e perícias não identificaram ações humanas que tenham provocado o incêndio durante o voo. Com isso, o caso foi encerrado sem responsabilizações e seguirá agora para análise do Ministério Público de Santa Catarina, que decidirá se arquiva o processo ou apresenta denúncia.
O acidente ocorreu logo após a decolagem do balão, por volta das 7h, com 21 pessoas a bordo. As chamas atingiram a estrutura ainda no ar, levando à queda da aeronave. Treze passageiros conseguiram escapar ou caíram durante a descida; oito morreram, sendo quatro após saltarem de cerca de 45 metros e outras quatro encontradas carbonizadas no cesto.
Durante o inquérito, mais de 20 pessoas foram ouvidas, incluindo sobreviventes, testemunhas, o piloto e representantes dos fabricantes do balão e do extintor de incêndio — que, segundo depoimentos, não funcionou no momento do sinistro. A investigação contou com o apoio de órgãos periciais e analisou vídeos, laudos de engenharia, exames de necrópsia, análises químicas e até um fragmento de óculos de sol que poderia conter gravações do voo.
A empresa Sobrevoar, responsável pelo passeio, informou na época que suspendeu as operações e que o piloto tentou salvar todos os ocupantes.
Com a conclusão da investigação policial, o desfecho do caso agora depende da manifestação do Ministério Público.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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