
Luiza de Pieri Schambeck dedicou a vida à proteção de cães e gatos e faleceu após uma grave crise de asma enquanto viajava com o namorado.
A cidade de Lauro Müller, no Sul de Santa Catarina, amanheceu tomada pela tristeza nesta sexta-feira (15) com a notícia da morte precoce de Luiza de Pieri Schambeck, de apenas 24 anos. Reconhecida por sua atuação incansável na defesa dos animais, ela conquistou o carinho e a admiração da comunidade pelo cuidado e amor dedicados a cada vida que cruzava seu caminho.
Advogada recém-formada, Luiza estava sempre presente em ações voluntárias, mutirões de resgate e campanhas de arrecadação para ajudar cães e gatos abandonados ou em situação de risco. Seu envolvimento com a causa não era apenas um ato de solidariedade, mas um propósito de vida.
Segundo familiares, Luiza sofreu uma grave crise asmática enquanto viajava para Orleans com o namorado. Ela chegou a utilizar o inalador que sempre carregava, mas o desconforto respiratório não passou. Diante da piora, o companheiro decidiu retornar para buscar socorro, parando em uma base do Samu, onde infelizmente não havia equipe disponível. Eles seguiram então para o hospital, mas o quadro já era crítico e, cerca de 30 minutos depois, ela não resistiu.
A partida inesperada comoveu familiares, amigos e toda a rede de protetores e voluntários que atuavam ao lado dela. Nas redes sociais, as homenagens se multiplicaram, descrevendo Luiza como “uma alma iluminada”, capaz de inspirar e mobilizar pessoas para transformar realidades.
Desde a infância, ela demonstrava uma conexão especial com os animais, aparecendo em fotos antigas brincando com cachorros. Essa paixão atravessou todas as fases de sua vida, influenciando escolhas acadêmicas e profissionais.
Formada em Direito, destacou-se ao concluir seu Trabalho de Conclusão de Curso com nota máxima, abordando temas delicados como crimes de vilipêndio de cadáver e proteção da honra no ambiente digital. No campo profissional, integrava desde 2022 o escritório Oliveira & Benedet — Advogados Associados, onde era admirada pela combinação de competência técnica, empatia e compromisso ético.
Para a ONG Miados & Latidos, da qual era colaboradora ativa, Luiza era “uma alma que brilhou intensamente e que dedicou sua vida a proteger os mais vulneráveis”. Seu legado, segundo a entidade, seguirá inspirando todos que acreditam que cada ato de bondade pode salvar vidas.
Imagem: Redes Sociais / Reprodução