
A morte do empresário Ricardo Flores, figura marcante no cenário da música eletrônica de Santa Catarina e ex-sócio do Green Valley, movimentou Balneário Camboriú e gerou grande repercussão nas redes sociais. Ele foi encontrado sem vida pelo próprio irmão, Eduardo Flores, em um apartamento no Centro da cidade.
Segundo o relato de Eduardo, ele foi a primeira pessoa a entrar no imóvel após perceber que Ricardo não atendia às mensagens e permaneceu no local até a remoção do corpo. O médico do Samu apontou, ainda de forma preliminar, que a causa da morte teria sido broncoaspiração — sufocamento acidental que costuma ocorrer durante o sono, muitas vezes após uma refeição. No local, havia um prato de comida próximo ao corpo.
As equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil confirmaram que o apartamento estava intacto, sem qualquer indício de arrombamento, violência, luta corporal ou uso de substâncias ilícitas. O corpo de Ricardo também não apresentava marcas externas, reforçando a hipótese de morte acidental. A Polícia Científica realizou a perícia, e o laudo oficial ainda depende de exames laboratoriais.
Ricardo Flores foi velado no Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú, na tarde de quinta-feira (27), em uma cerimônia marcada pela comoção de amigos, familiares e profissionais do meio artístico.
Com mais de duas décadas de atuação no entretenimento, Ricardo se tornou um dos grandes nomes por trás da ascensão da música eletrônica em Santa Catarina. Na Green Valley — clube eleito cinco vezes o melhor do mundo pela revista DJ Mag — trabalhou entre 2009 e 2015, período em que ajudou a trazer artistas internacionais como Avicii, Tiësto, Dimitri Vegas & Like Mike e David Guetta. Seus projetos marcaram a chamada “era de ouro” dos eventos eletrônicos no litoral catarinense.
Em nota, a Green Valley lamentou profundamente a perda e destacou a importância de Ricardo na construção da história do clube, desejando força aos familiares e amigos.
Imagem: Ricardo Flores/@ricardofflores/Instagram
