
O Supremo Tribunal Federal (STF) já alcançou maioria de votos para condenar e decretar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de tentar promover um golpe de Estado após as eleições de 2022.
Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino e Cármen Lúcia se manifestaram pela condenação. Apenas o ministro Luiz Fux votou contra, alegando que o tribunal não teria competência para julgar Bolsonaro, já que ele não ocupa mais a Presidência da República. O ministro Cristiano Zanin ainda não apresentou seu voto, mas a expectativa é de que acompanhe o relator.
Os acusados respondem por crimes como tentativa de golpe, formação de organização criminosa armada e depredação de patrimônio público durante os atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Caso a condenação seja confirmada nesta sexta-feira (12), as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
Entre os réus, estão nomes de peso das Forças Armadas, como os generais Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno, além do almirante Almir Garnier Santos, apontados como parte do núcleo central que teria articulado a tentativa de ruptura democrática.
Este julgamento é considerado histórico, pois marca a primeira vez em que integrantes das Forças Armadas são responsabilizados judicialmente por envolvimento direto em uma tentativa de derrubar a democracia brasileira.
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