
A cobertura vacinal contra a dengue em Santa Catarina permanece baixa, atingindo apenas 37,09% do público-alvo, de acordo com dados divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) nesta semana. A estagnação ocorre em um momento crítico, com o aumento das temperaturas e a proximidade do verão, fatores que favorecem a proliferação do mosquito transmissor da doença.
O público-alvo da campanha é formado por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, totalizando 221.203 pessoas no estado. No entanto, 139.166 ainda não tomaram sequer a primeira dose da vacina, que requer duas doses para completar o esquema de imunização. Atualmente, as vacinas estão sendo aplicadas em regiões prioritárias, como Nordeste e Vale do Itapocu, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí e Oeste.
Entre as regiões atendidas, o Nordeste catarinense, que abrange Joinville, lidera com 52,29% do público-alvo vacinado com a primeira dose. Por outro lado, o Médio Vale do Itajaí registra o índice mais baixo, com apenas 27,93% de cobertura.
Santa Catarina enfrenta um dos piores cenários de dengue já registrados. Em 2024, foram contabilizados 350.953 casos prováveis da doença e 341 óbitos, além de 59.610 focos do mosquito Aedes aegypti em 255 dos 295 municípios do estado. Segundo a Dive, 175 cidades foram classificadas como infestadas pelo mosquito, concentrando-se nas regiões Oeste, Norte, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis.
A baixa adesão à vacina é vista como um desafio diante do agravamento da situação epidemiológica. Especialistas reforçam a importância da imunização para conter a disseminação da dengue e reduzir o impacto da doença na população.
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