
Crime ocorreu em 2012, em Campo Alegre; paciente morreu após procedimento irregular que resultou em infecção generalizada.
Um médico foi condenado a 30 anos de prisão pelo Tribunal do Júri após a morte de uma paciente em Campo Alegre, no Planalto Norte de Santa Catarina. O caso, ocorrido em dezembro de 2012, envolveu a cobrança ilegal por um procedimento dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), que é gratuito. O julgamento ocorreu na última segunda-feira (25), em São Bento do Sul.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima procurou atendimento em um hospital público da cidade na madrugada de 16 de dezembro de 2012. Inicialmente, o médico plantonista prescreveu soro intravenoso. Horas depois, voltou a atendê-la e realizou uma infiltração na perna esquerda, apesar de saber que o problema de saúde era outro e que o procedimento não era indicado.
Além de não ter autorização para cobrar pelo serviço, o profissional teria exigido pagamento da paciente. A aplicação foi feita de forma irregular: sem técnica adequada, sem registro no prontuário e sem acompanhamento de enfermagem, o que acabou provocando uma grave contaminação bacteriana na coxa.
Mesmo com dores e dormência, a paciente foi liberada pelo médico. Ainda no mesmo dia, retornou ao hospital, mas recebeu apenas um comprimido e a recomendação de voltar para casa. Na madrugada seguinte, já em estado crítico, foi atendida por outro médico, que providenciou a transferência para outro hospital. Ela morreu em 18 de dezembro, vítima de infecção generalizada.
Treze anos após o crime, o Tribunal do Júri condenou o médico a 30 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio com dolo eventual qualificado por motivo torpe.
Foto: Ilustrativa/Reprodução Internet
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