
Na noite de sábado (18), o TikTok tornou-se inacessível nos Estados Unidos, apenas duas horas antes de uma proibição oficial à rede social entrar em vigor. A medida cumpre uma lei aprovada no ano passado, que exige a venda da plataforma pela ByteDance, sua empresa controladora chinesa, para investidores americanos, sob o argumento de segurança nacional.
Usuários do TikTok que tentaram acessar o aplicativo foram surpreendidos por uma mensagem de aviso:
“Desculpe, o TikTok não está disponível no momento. Uma lei proibindo o TikTok foi promulgada nos EUA. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok por enquanto.”
A proibição foi confirmada pela Suprema Corte dos EUA na sexta-feira (17), após um período de intensa pressão legislativa e jurídica. Parlamentares americanos, tanto democratas quanto republicanos, defenderam a medida com base em preocupações de que o TikTok pudesse representar riscos à segurança nacional devido ao acesso da ByteDance a grandes volumes de dados dos usuários.
Influenciadores, pequenas empresas e criadores de conteúdo nos EUA expressaram frustração com a situação. Muitos dependiam do aplicativo como principal fonte de renda e estavam buscando alternativas ou esperando por uma reviravolta que salvasse o serviço.
Donald Trump, que alertou pela primeira vez sobre os riscos do TikTok durante seu governo, agora se posiciona como um possível salvador da plataforma. Ele tem sugerido publicamente sua disposição de negociar uma solução que permita o retorno do aplicativo.
Nos bastidores, o CEO do TikTok, Shou Chew, esteve em conversas com Trump, inclusive em sua residência em Mar-a-Lago. Há expectativa de que Trump possa emitir uma ordem executiva em seus primeiros dias de mandato para suspender temporariamente a proibição e criar uma oportunidade para negociações.
Analistas acreditam que, apesar das dificuldades, o TikTok pode encontrar uma maneira de voltar a operar nos EUA, seja por meio de negociações políticas ou de um acordo comercial. Até lá, milhões de usuários americanos seguem desconectados, aguardando a resolução de um impasse que mescla tecnologia, política e disputas internacionais.
Imagem: Konstantin Savusia / Shutterstock