
Uma grave suspeita de contaminação em rações animais acendeu o alerta entre criadores e autoridades sanitárias em diversas regiões do país. Desde abril, quando surgiram os primeiros relatos no estado do Rio de Janeiro, mais de 600 cavalos já teriam morrido após apresentarem sintomas de intoxicação, possivelmente associados ao consumo de um lote contaminado de ração.
Segundo apurações iniciais, os animais desenvolveram um quadro clínico grave e progressivo, com sinais neurológicos, dificuldades motoras e falência orgânica, levando-os à morte em pouco tempo. Embora a maior parte dos casos envolva equinos, há também registros de óbitos entre cães, suínos e bovinos — o que reforça a suspeita de que o problema pode estar relacionado a uma contaminação em larga escala nos alimentos fornecidos a diferentes espécies.
Equipes de fiscalização agropecuária, laboratórios especializados e órgãos reguladores como o Ministério da Agricultura estão acompanhando o caso de perto, coletando amostras das rações suspeitas para análises laboratoriais detalhadas. A investigação busca identificar substâncias tóxicas ou agentes contaminantes que possam ter sido introduzidos durante o processo de fabricação ou armazenamento do produto.
Enquanto a causa exata segue em apuração, criadores foram orientados a suspender o uso de determinadas marcas e lotes específicos até que haja esclarecimento oficial. A situação preocupa profissionais da área veterinária e produtores rurais, tanto pelo impacto na saúde animal quanto pelos prejuízos financeiros, já que muitos dos cavalos mortos eram de alto valor.
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