
Donald Trump confirmou na última quarta-feira (30) a aplicação de uma tarifa extra de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA. A medida soma-se a uma alíquota base de 10% válida para todos os países, mais taxas específicas para certos setores, como o aço. No caso brasileiro, o impacto total chega a 50%, configurando-se como a mais alta já imposta a um parceiro comercial — ainda que com diversas exceções.
Segundo a Casa Branca, 694 itens brasileiros ficaram de fora dessa sobretaxa, o que significa que seguirão pagando apenas os encargos já existentes. A nova taxação passa a vigorar nesta quarta-feira (6).
Em nota oficial, o governo dos EUA justificou a decisão afirmando que a medida visa proteger a segurança nacional, os interesses econômicos e a política externa do país frente às recentes ações do governo brasileiro.
Itens que não serão sobretaxados:
Entre os produtos que escaparam da nova tarifa estão: minério de ferro, papel e celulose, petróleo, gás natural, suco de laranja, drones, peças de aeronaves, fertilizantes e ouro. Esses itens respondem por cerca de US$ 42,3 bilhões em exportações brasileiras em 2024 — cerca de 43% da pauta de vendas externas ao mercado norte-americano.
Produtos atingidos pela tarifa de 50%:
Por outro lado, carnes (bovina, suína e de frango), pescados, frutas e o café estão entre os que sofrerão a sobretaxa. Representantes dos setores afetados expressaram preocupação com a possibilidade de quebra de cadeias produtivas e perda de mercado, caso alternativas de exportação não sejam encontradas.
A Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio) alertou que, mesmo com as exceções, os impactos nas áreas atingidas são consideráveis e afetam segmentos estratégicos da economia nacional.
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