
Uma jovem de 22 anos precisou ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros na tarde desta terça-feira (1º), em Blumenau, após apresentar sinais compatíveis com uma picada de aranha-marrom — espécie reconhecida por seu alto grau de periculosidade, segundo o aracnologista Antonio Brescovit, do Instituto Butantan.
A jovem relatou aos socorristas que o incidente teria ocorrido no dia anterior, quando foi picada na região de um dos mamilos. No momento do atendimento, os bombeiros constataram que o local já apresentava sinais de necrose, um dos efeitos mais graves do veneno do animal. Ela também se queixava de dor no peito e dificuldades para respirar, embora estivesse consciente e conseguisse caminhar. Diante do quadro, foi encaminhada com urgência ao Hospital Santo Antônio para avaliação e tratamento especializado.
O aracnídeo não foi localizado no ambiente onde ocorreu a picada, o que impossibilita a confirmação da espécie. No entanto, diante da gravidade dos sintomas e das características da lesão, os bombeiros seguiram o protocolo recomendado para casos envolvendo a aranha-marrom.
Apesar de medir apenas cerca de três centímetros, essa aranha é considerada uma das mais perigosas do Brasil. Seu veneno possui ação necrosante, podendo causar destruição dos tecidos e, em situações mais graves, levar à morte. O Instituto Butantan alerta que a espécie costuma se esconder em locais escuros e pouco movimentados, como atrás de móveis, paredes, garagens e porões — o que reforça a importância da limpeza regular e da atenção em ambientes domésticos.
Imagem: Ilustrativa