
Foto: Reprodução
A Polícia Federal apreendeu ao menos dez bombas caseiras fabricadas por Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (14), em Brasília. Os artefatos, encontrados no corpo do agressor, em sua casa e no trailer que alugava na capital, eram do tipo “pipe bombs”, feitos com canos de PVC preenchidos com pólvora, parafusos e porcas, projetados para causar grande destruição.
Os explosivos, classificados pelos peritos como “artefatos completos”, incluíam material detonador e sistemas de acionamento tanto manual quanto remoto. Segundo especialistas, a construção dessas bombas exigiu conhecimento técnico, indicando planejamento detalhado. Além disso, Wanderley carregava um extintor de incêndio adaptado com combustível, possivelmente para ser usado como lança-chamas.

Foto: Patrik Camporez/ O GLOBO
A perícia revelou que os explosivos não alcançaram todo o potencial destrutivo devido à chuva que caía na Praça dos Três Poderes no momento do ataque. Ainda assim, o atentado evidenciou premeditação: bombas armadas foram encontradas em sua casa e explodiram quando manipuladas por robôs da polícia.
Imagens de segurança mostram Wanderley lançando bombas em direção ao prédio do STF antes de ajoelhar-se e detonar um dos artefatos sobre si mesmo. O impacto dilacerou parte de sua cabeça e mão. As ações dele reforçam a hipótese de que o plano incluía invadir o tribunal e atingir alvos específicos, possivelmente o ministro Alexandre de Moraes, conforme relatos obtidos pela PF.