
O governo dos Estados Unidos anunciou na terça-feira (15) a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil , colocando na mira políticas estratégicas como o sistema de pagamentos instantâneos Pix e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) . A medida, solicitada pelo presidente Donald Trump, tem como base acusações de que tais práticas criam barreiras injustas para empresas americanas que atuam no país.
A investigação será conduzida pelo USTR (Office of the United States Trade Representative ), o Escritório do Representante Comercial dos EUA, e vai analisar uma série de áreas, entre elas comércio eletrônico, tecnologia digital, taxas de importação e até questões ambientais ligadas ao desmatamento . O objetivo é verificar supostas práticas comerciais “desleais” que poderiam ameaçar interesses econômicos norte-americanos.
Em nota oficial, Jamieson Greer , representante comercial dos EUA, afirmou:
“Sob o comando do presidente Donald Trump, abri esta investigação sobre os ataques do Brasil às empresas de redes sociais americanas e outras práticas comerciais injustas. Vamos usar todas as ferramentas à disposição para proteger nossas empresas e trabalhadores.”
O movimento americano pode levar à aplicação de sanções econômicas unilaterais , semelhantes às já utilizadas contra a China em disputas comerciais anteriores. Caso se concretizem, essas medidas podem envolver tarifas extras sobre produtos brasileiros ou restrições ao acesso de empresas nacionais ao mercado dos EUA.
Essa decisão coloca o Brasil novamente sob pressão em relação às suas políticas de dados e tecnologia, especialmente após o avanço do Pix , considerado um modelo inovador de pagamento digital, mas que desperta preocupações por parte de gigantes financeiras internacionais.
Imagem: Reprodução