
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi , teria informado ao presidente Donald Trump durante uma reunião em maio que o nome dele aparece “múltiplas vezes” nos documentos sigilosos relacionados ao caso do criminoso sexual Jeffrey Epstein , segundo reportagem do The Wall Street Journal divulgada na quarta-feira (23). A revelação intensifica o debate em torno do conteúdo dos chamados “arquivos de Epstein” , que têm gerado especulações sobre supostas conexões entre figuras poderosas e o esquema de exploração de menores.
A suposta conversa ocorreu no contexto de uma revisão solicitada por Trump para aumentar a transparência sobre os documentos. No entanto, a Casa Branca classificou a reportagem como “fake news” , negando veementemente que o presidente tenha qualquer ligação com os crimes cometidos por Epstein.
A situação se agravou ainda mais após o jornal publicar uma suposta carta enviada por Trump ao magnata por ocasião de seu 50º aniversário — um documento que a equipe do presidente classificou como falso . Em resposta, Trump entrou com uma ação de difamação contra o The Wall Street Journal no valor de US$ 10 bilhões na última sexta-feira (18), uma das maiores já registradas no país.
O caso agora mistura investigação criminal, política de alto nível e disputa judicial , enquanto o público aguarda a liberação de novos trechos dos arquivos, que podem ou não esclarecer o real alcance das relações entre Epstein e personalidades influentes.
Imagem: Da esquerda para a direita, Donald Trump e sua namorada (e futura esposa), Melania, o financista Jeffrey Epstein e a socialite britânica Ghislaine Maxwell. 12/02/2000 (Davidoff Studios/Getty Images)