
Este novo aumento tarifário trará um ônus adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, refletindo diretamente no orçamento familiar. Para se ter uma ideia mais clara do impacto real, uma residência com consumo médio mensal de 150 a 200 kWh — típico de um lar com aproximadamente quatro moradores — verá seu valor final aumentar em cerca de R$ 12 a R$ 16 nas próximas contas.
O cenário preocupante que levou a essa decisão está diretamente ligado à acentuada escassez de chuvas registrada em todo o país nos últimos meses. Com os reservatórios das hidrelétricas operando em capacidade reduzida, o Sistema Interligado Nacional (SIN) precisa recorrer com maior frequência às termelétricas, fontes de geração de energia consideravelmente mais custosas do que a hidrelétrica.
O sistema de bandeiras tarifárias, instituído pela Aneel como um mecanismo transparente de comunicação aos consumidores sobre os reais custos de produção da energia, opera com uma escala visual que indica as condições do mercado:
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração, sem custos adicionais
- Bandeira amarela: condições menos favoráveis, com acréscimo de R$ 1,88 por 100 kWh
- Bandeira vermelha patamar 1: custos elevados, taxa de R$ 4,46 por 100 kWh
- Bandeira vermelha patamar 2: custos máximos, com a tarifa mais alta de R$ 7,87 por 100 kWh
Com o retorno ao patamar vermelho nível 2, os consumidores sentirão na prática os reflexos da crise hídrica que afeta o país, reforçando a importância de medidas de conscientização no consumo de energia elétrica durante os próximos meses.
Imagem: Reprodução