Com 133 cardeais reunidos na Capela Sistina, processo de votação para eleger o sucessor de Francisco pode durar vários dias; fumaça branca indicará consenso.
Teve início na manhã desta quarta-feira (7) o conclave que vai definir o novo líder da Igreja Católica, após a morte do Papa Francisco, aos 88 anos. A cerimônia começou com a tradicional missa Pro Eligendo Romano Pontifice, celebrada na Basílica de São Pedro, às 5h no horário de Brasília. Presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, a missa buscou preparar espiritualmente os cardeais para o processo de escolha do novo pontífice.
Ao todo, 133 cardeais de diversas partes do mundo estão reunidos na Capela Sistina, onde ocorrerão as votações em absoluto sigilo. O processo pode durar dias e exige que o candidato alcance pelo menos 89 votos — dois terços do total — para ser eleito.
Durante sua homilia, Battista Re destacou a importância de invocar a orientação divina neste momento decisivo. “Estamos aqui para pedir a luz e a força do Espírito Santo, para que a Igreja tenha o papa de que mais precisa neste tempo difícil”, afirmou o decano, também ressaltando a necessidade de união entre povos e culturas.
Após a missa, os cardeais seguiram em procissão até a Capela Sistina, onde fizeram o juramento de sigilo e iniciaram o processo eleitoral. Desde então, permanecem isolados, sem comunicação com o mundo exterior, até que um novo papa seja escolhido.
A votação ocorrerá em quatro turnos diários — dois pela manhã e dois à tarde. Caso não haja consenso após três dias, os cardeais poderão suspender temporariamente as votações por até um dia, antes de retomar o processo.
A fumaça branca, sinal tradicional que indica a escolha de um novo papa, poderá ser vista já na quinta-feira (8), por volta das 5h30 (horário de Brasília), caso o nome do novo pontífice seja definido nas primeiras votações. Se a decisão acontecer durante o período da tarde, a expectativa é que o anúncio ocorra até 12h30. Caso contrário, a fumaça preta continuará sinalizando que ainda não houve acordo.
Sete brasileiros estão entre os eleitores com direito a voto nesta eleição histórica, que pode marcar um novo capítulo para a Igreja Católica em um cenário global desafiador.
Foto: Reprodução/ Vatican News
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