
Em uma noite histórica para o cinema brasileiro, Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, quebrou barreiras e conquistou um feito inédito: tornou-se o primeiro filme nacional a vencer um Oscar. A vitória, anunciada na noite deste domingo (2), no Dolby Theatre, em Los Angeles, foi recebida com emoção e euforia pelo elenco e pela equipe do longa, que levou a cultura e a força do cinema brasileiro para os holofotes mundiais.
O momento do anúncio foi marcado por lágrimas e abraços. Walter Salles, visivelmente emocionado, celebrou ao lado de Fernanda Torres, protagonista do longa, em um gesto que simbolizou não apenas a conquista individual, mas o reconhecimento de toda uma indústria cinematográfica que há décadas luta por espaço e valorização no cenário internacional.
Se antes havia quem desdenhasse da importância do Oscar para o Brasil, argumentando que “a premiação não define a qualidade do nosso cinema” ou que “não precisamos da validação de Hollywood”, a vitória de Ainda Estou Aqui desmontou esse discurso e provou o oposto: o reconhecimento global abre portas, gera oportunidades e projeta a cultura brasileira para milhões de espectadores ao redor do mundo.
Nas bilheteiras, o impacto também foi significativo. Desde sua estreia, há quase quatro meses, Ainda Estou Aqui já vinha atraindo grande público, impulsionado pelas indicações ao Oscar e pela vitória no Globo de Ouro. Mas foi após a consagração na maior premiação do cinema que o filme bateu um recorde impressionante: tornou-se a maior bilheteria nacional do pós-pandemia, algo raro para um drama.
O sucesso transcendeu as salas de cinema e tornou o longa um verdadeiro fenômeno cultural. Nas ruas, murais com a imagem de Fernanda Torres surgiram em diversas cidades do Brasil. No Carnaval, o filme inspirou fantasias e homenagens, comprovando que sua mensagem ressoou profundamente com o público brasileiro.
Imagem: TNT / Reprodução