
A Câmara de Vereadores de Indaial realiza, nesta segunda-feira (14), a partir das 18h30min, uma sessão extraordinária convocada pelo presidente da Casa, vereador Valentim Blause. O principal ponto da pauta é a continuidade dos trabalhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Merenda Escolar, que investiga possíveis irregularidades no fornecimento de alimentação às escolas do município. A reunião será aberta ao público, e a participação da comunidade é incentivada.
Instaurada há cerca de um mês, a CEI foi proposta pelos vereadores Lucio Vanderlinde (Novo), Henrique Fritz (MDB), Elton Marcos Possamai (Novo), Elaine Pickler (PSDB) e Dudu Cunha (MDB). No entanto, a comissão enfrenta dificuldades em avançar com os trabalhos investigativos devido à ausência frequente de alguns membros durante as sessões.
Segundo o presidente Valentim Blause, o momento é decisivo para definir os rumos da investigação. A reunião servirá para discutir como a comissão irá prosseguir e quais novas medidas serão adotadas para garantir sua efetividade. A CEI tem como objetivo apurar eventuais falhas administrativas na condução do contrato com a empresa Aromas, antiga responsável pela merenda escolar em Indaial, e entender os impactos que a rescisão contratual trouxe à rede municipal de ensino.
A iniciativa dos parlamentares surgiu após diversas denúncias de pais e educadores sobre a escassez de alimentos em unidades escolares, o que culminou na contratação emergencial de uma nova empresa, a Miserv. O contrato com a Aromas foi encerrado unilateralmente pela Prefeitura de Indaial, o que levou a empresa a ingressar com um Mandado de Segurança contra a administração municipal e a Secretaria de Educação. No entanto, no início de julho, a Justiça rejeitou o pedido da Aromas.
Para os vereadores, essa decisão judicial reforça a importância da continuidade dos trabalhos da CEI, a fim de esclarecer se houve prejuízo aos cofres públicos e se a nova empresa contratada de forma emergencial está operando dentro da legalidade. “É essencial entendermos os motivos que levaram à ruptura do contrato com a Aromas e em que condições ocorreu a contratação emergencial da Miserv”, afirmam.
Imagem: Ilustrativa