
Blumenau lidera com mais da metade dos 700 casos registrados em 2025; leitos de UTI estão próximos da lotação máxima na região.
O Vale do Itajaí enfrenta um avanço preocupante das síndromes respiratórias em 2025. Dados divulgados nesta quarta-feira (2) pelo Centro de Informação Estratégica para a Gestão do SUS em Santa Catarina (CIEGES) revelam que a região já soma 700 casos confirmados da doença.
Blumenau é o epicentro da crise, com 390 registros, representando mais da metade dos casos. Outros municípios também apresentam números expressivos, como Gaspar (52), Timbó (26), Indaial (20) e Pomerode (9).
A gravidade da situação se reflete também nas mortes. Blumenau contabiliza 23 óbitos por complicações respiratórias desde o início do ano. Em Gaspar, foram 10 vítimas, enquanto Indaial registrou 4 e Pomerode, 2. Timbó é a única cidade da lista sem mortes até o momento.
Diante do crescimento dos casos, o Governo de Santa Catarina decretou, em junho, situação de emergência em saúde pública. A medida tem como base o aumento das internações em unidades de terapia intensiva (UTIs), especialmente nos leitos neonatal, pediátrico e adulto.
O cenário nos hospitais do Vale e Alto Vale do Itajaí confirma a pressão sobre o sistema. A taxa de ocupação das UTIs na região atinge 89,9%. Em Blumenau, o Hospital Santo Antônio possui apenas um dos 19 leitos disponíveis, e o Hospital Santa Isabel opera com 100% de ocupação dos seus 25 leitos.
Outras unidades da região ainda têm vagas limitadas: Timbó (3), Indaial (10) e Gaspar (4). Já nos hospitais de Ituporanga, Brusque, Ibirama e Rio do Sul, todos os leitos estão ocupados.
No panorama estadual, Santa Catarina contabiliza 8.198 casos de síndromes respiratórias em 2025 e 451 mortes. A rede pública de saúde dispõe de 975 leitos de UTI adulto, mas apenas 60 estavam livres na noite desta quarta-feira, representando uma taxa de ocupação de 93,8%.
Foto: Ilustrativa
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