
Em uma megaoperação deflagrada na manhã desta terça-feira (29), a Polícia Federal apreendeu bens de alto valor avaliados em aproximadamente R$ 1,32 bilhão, como carros de luxo, joias e embarcações, além de cumprir dezenas de mandados judiciais contra uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas por meio de barcos e veleiros.
Batizada de Operação Narco Vela, a ação investiga um esquema de envio de grandes quantidades de cocaína para países da Europa e da África, utilizando embarcações de médio e grande porte para cruzar o oceano com a droga. A operação contou com a participação de mais de 300 agentes federais e apoio de policiais militares de São Paulo.
Somente em Santa Catarina, as forças de segurança cumpriram oito mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão em cidades como Florianópolis, Balneário Camboriú, Itajaí, São Francisco do Sul e Barra Velha.
Além do território catarinense, a operação foi executada também nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Pará, e se estendeu ao exterior, com ordens judiciais cumpridas nos Estados Unidos, Itália e Paraguai.
Durante a ação, foram apreendidos veículos de altíssimo padrão como uma Ferrari, uma BMW e um Porsche, além de uma embarcação de luxo, joias sofisticadas e uma arma de fogo. Uma das Ferraris estava localizada na Riviera de São Lourenço, em Bertioga (SP); o Porsche foi apreendido na capital paulista, e a BMW, na cidade de Santos.
O início das investigações remonta a fevereiro de 2023, quando a Marinha dos Estados Unidos interceptou em alto-mar um veleiro de bandeira brasileira que transportava cerca de 3 toneladas de cocaína próximo ao continente africano. Desde então, outras apreensões relevantes foram realizadas pela Guarda Civil da Espanha e pela Marinha da França, consolidando a suspeita da existência de uma rota estruturada de tráfico marítimo envolvendo o Brasil.
No total, foram 31 mandados de prisão temporária e 62 de busca e apreensão, além do bloqueio de bens que somam mais de um bilhão de reais. Os investigados devem responder por tráfico internacional de drogas, formação de organização criminosa e associação para o tráfico.
Imagem: PF Divulgação