
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou uma ordem executiva estabelecida em 1965 que proibia discriminação com base em cor, raça, sexo ou nacionalidade nas contratações realizadas pelo governo federal. A decisão foi formalizada por meio de um ato oficial assinado na Arena Capital One, em Washington.
Trump descreveu políticas de contratação baseadas em diversidade como “perigosas, degradantes e imorais”. O ato, intitulado “Acabando com a Discriminação Ilegal e Restaurando a Oportunidade”, reverte uma medida adotada originalmente durante o governo de Lyndon B. Johnson, que visava combater desigualdades históricas no mercado de trabalho do setor público.
O presidente argumentou que as práticas de diversidade e inclusão promovidas ao longo das décadas “substituíram mérito e qualificação por divisões baseadas em identidade”. Segundo ele, a revogação da regra busca “restaurar a justiça e a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho”.
A decisão gerou forte reação de organizações de direitos civis, sindicatos e lideranças políticas. Críticos afirmam que a revogação pode abrir caminho para práticas discriminatórias explícitas e agravar desigualdades estruturais no mercado de trabalho.
Grupos de direitos humanos alertaram que a medida contradiz esforços históricos para promover a equidade e a inclusão, ao mesmo tempo em que pode marginalizar minorias raciais e de gênero nos processos seletivos do governo.
Por outro lado, aliados de Trump aplaudiram a iniciativa, afirmando que ela elimina políticas que consideram “excessivamente progressistas” e garantirá contratações baseadas apenas em “mérito”.
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