
Santa Catarina vive um cenário de alerta máximo com a explosão de casos do sorotipo DENV-3 da dengue, considerado um dos mais perigosos pela comunidade médica. De acordo com dados do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-SC), o número de infecções cresceu 7.166% em 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado — passando de três registros em 2024 para 215 neste ano.
O DENV-3 é visto com preocupação porque estava praticamente ausente do estado nos últimos anos. Quando um sorotipo volta a circular após longo tempo, há maior risco de epidemias e casos graves, já que a população não possui imunidade contra ele. Em 2025, 20 pessoas já perderam a vida por complicações da doença em Santa Catarina.
Os dados mostram que o Vale do Itajaí lidera o número de infecções, seguido por Planalto Norte, Serra Catarinense e Grande Florianópolis. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) prevê um novo aumento nas próximas semanas, coincidindo com o período de maior proliferação do mosquito Aedes aegypti, entre outubro e maio.
Além da dengue, os casos de chikungunya aumentaram 552% em outubro, agravando o cenário epidemiológico. O DENV-3 preocupa ainda mais por poder causar formas hemorrágicas e severas, especialmente em quem já teve outro tipo de dengue.
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