
A mais recente pesquisa da consultoria Quaest, divulgada nesta quarta-feira (17), indica que a taxa de desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manteve em 51%, repetindo o patamar registrado em agosto. A aprovação de sua gestão também permaneceu estável, em 46%. Os dados mostram interrupção na tendência de recuperação da popularidade presidencial, que vinha sendo observada desde julho.
De acordo com Felipe Nunes, diretor da Quaest, a interrupção dessa trajetória positiva coincide com a perda de impulso do chamado “tarifaço de Trump” – medida que, em julho, trouxe algum fôlego aos índices do Planalto. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A diferença entre aprovação e desaprovação permanece a mais baixa desde janeiro de 2025, quando os dois indicadores estavam em empate técnico. Em maio, a disparidade atingiu o pico: 17 pontos separavam as avaliações negativas (57%) das positivas (40%).
O estudo ouviu 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro e foi encomendado pela Genial Investimentos. Os resultados detalhados por segmento são os seguintes:
- Região: Aprovação é maior no Nordeste (60%) e menor no Sul (39%);
- Renda: Empate técnico na faixa de 2 a 5 salários mínimos;
- Religião: Católicos voltam a empatar; entre evangélicos, desaprovação é de 61%;
- Idade: Idosos (60+) apresentam novo empate técnico após anterior vantagem na aprovação;
- Bolsa Família: Aprovação sobe para 64% entre beneficiários, melhor marca do ano.
Além da avaliação do governo, a pesquisa também abordou temas como a condenação de Jair Bolsonaro – 49% consideram a pena de 27 anos “exagerada” – e a possibilidade de anistia para envolvidos nos atos golpistas de 2022: 41% dos entrevistados são contra qualquer tipo de anistia.
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