
O tornado que atingiu Barra Bonita, no Extremo-Oeste de Santa Catarina, na tarde de sábado (20), provocou cenas de devastação que marcaram profundamente os moradores da comunidade 13 de Maio, uma das áreas mais afetadas. O fenômeno também atingiu municípios vizinhos, como São Miguel do Oeste, Romelândia e Bandeirante.
Com ventos violentos, o tornado arrancou árvores pela raiz, destelhou casas inteiras e chegou a arremessar uma residência sobre um veículo estacionado, que foi completamente esmagado sob a estrutura de madeira. A imagem do carro destruído virou símbolo da força do fenômeno.
Entre as famílias atingidas está a de uma moradora que havia se mudado há apenas dois meses para o local. No momento do tornado, ela e a mãe tomavam chimarrão na varanda quando a tormenta começou. “As pedras de gelo eram tantas que precisei usar um rodo para empurrar para fora. Nunca presenciei nada igual”, contou.
A residência foi parcialmente destruída, móveis encharcados e a estrutura comprometida. A mãe da moradora, que depende de oxigênio, passou por momentos de grande aflição. Apesar do susto e de pequenos ferimentos, ninguém ficou gravemente machucado.
Em São Miguel do Oeste, dezenas de casas ficaram destelhadas, ruas bloqueadas por árvores caídas e bairros inteiros sem energia elétrica. Em Bandeirante, a chuva e os ventos interromperam atividades da 2ª Faciband. Já em Romelândia, muros desabaram e lavouras foram devastadas, aumentando os prejuízos.
Equipes da CELESC também trabalharam de forma ininterrupta para restabelecer a energia nas comunidades afetadas.
Apesar da destruição, não há registros de feridos graves. O que permanece é o trauma, a incerteza e a necessidade urgente de reconstrução.
O clima agora é de união e esforço coletivo, enquanto os moradores contabilizam os estragos e tentam retomar a rotina após o impacto do fenômeno.
Imagens: Reprodução